quinta-feira, 27 de maio de 2010

Movimento 'uma playmate em cada turma'

"Movimento 'uma playmate em cada turma'
Se eu mandasse todas as professoras posariam nuas na Playboy.

Na qualidade de antigo aluno, a notícia da professora de Mirandela que posou nua na Playboy deixa-me indignado: no meu tempo não havia professoras destas.
Na qualidade de cidadão que já foi capa da Playboy, o facto de a professora ter sido suspensa faz com que esteja solidário: nós, as coelhinhas, devemos unir-nos.
Devo dizer, aliás, sem querer ser corporativista, que, se eu mandasse, todas as professoras posariam nuas na Playboy.
O Ministério da Educação continua entretido com programas e avaliações e ignora aquilo de que o nosso sistema educativo precisa: professoras nuas.

Primeiro, por uma questão de disciplina. Nenhum aluno arrisca a expulsão da sala onde lecciona a Miss Fevereiro.

Segundo, por razões de concentração no estudo. Qualquer jovem aluno já deu por si a imaginar a professora sem roupa. Eu não fujo à regra, e aproveito a oportunidade para pedir desculpa à Irmã Genoveva. Mas os alunos de professoras que posam na Playboy não perdem tempo com distracções dessas: não precisam. Se querem ver a professora despida, abrem a revista na página 49. Na sala de aula, concentram-se na compreensão da matéria.

Terceiro, para conseguir o desejado envolvimento da comunidade no processo educativo. Os encarregados de educação mais desinteressados passam a frequentar todas as reuniões de fim de período: os pais desejam ver a professora; as mães desejam verificar se os pais não se entusiasmam demasiado com o visionamento da professora.
Padrinhos que não vêem o afilhado desde a pia baptismal virão de longe para se inteirarem do aproveitamento escolar do miúdo.
Infelizmente, a vereadora da Educação da Câmara de Mirandela pensa de outro modo.
A exibição pública voluntária do corpo nu está interdita às docentes.
Não se sabe a que outras profissões se alarga esta inibição.
Canalizadoras podem posar sem roupa sem desprestigiar o nobre ofício de vedar uma torneira? Empregadas de escritório podem deixar-se fotografar nuas sem melindrar os carimbos? Ninguém sabe ao certo, mas parece urgente definir com rigor que outras profissionais estão deontologicamente impedidas de fazerem com o seu corpo o que quiserem.

Mais do que a suspensão, deve colocar-se em causa a recolocação da professora.
O receio de alarme social levou a Câmara a retirar a docente do contacto com os alunos e a enviá-la para o arquivo municipal.
Ora, o contacto com bibliotecários de óculos grossos que não vêem uma pessoa do sexo feminino nua desde 1977 não será mais perigoso e socialmente alarmante do que o convívio com jovens? Fica a pergunta, para reflexão das autoridades fiscalizadoras da nudez."

Por Ricardo Araújo Pereira.

2 comentários:

  1. Cada escola devia ter mesmo uma (ou mais) destas professoras...

    :)

    Agora a sério, independentemente de achar que cada um pode fazer o que quiser com o seu tempo livre, ela tinha uma posição em que deveria ter mais cuidado com a sua imagem...

    E não me refiro ao facto de ela gastar cerca de 300 euros todos os meses no cabeleireiro, segundo consta...

    O que consta é que ela já tem a agenda toda preenchida com trabalhos em Agosto. Será a prova de que o "crime" compensa???

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  2. Cá para nós, isto só serve para “mostrar” que os professores ganham muito pouco e precisam de um segundo emprego : P

    Na minha opinião, cada um faz o que quer com o seu corpo, depois, terá que sofrer as consequências, sejam elas justas ou não.

    O mais grave não é o que a professora fez, mas sim, crianças de seis anos terem como leitura a Playboy … tudo bem que é de pequenino que se torce o pepino… mas, o que é demais é como o que não chega!

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